sábado, 26 de junho de 2021

"O Cavaleiro do Egito"

Na disciplina de Português, a turma viajou com "O Cavaleiro da Dinamarca", de Sophia de Mello Breyner Andresen. Os alunos do 7º H foram então desafiados a imaginar uma viagem do Cavaleiro... ao Egito.

Partindo da obra, com muita imaginação e conhecimentos adquiridos ao longo do ano, criaram as suas próprias histórias. Depois de partilhadas em duas sessões na biblioteca escolar, foram sendo modificadas nas aulas, até chegarem à versão final. 
Publicam-se quatro dessas criações.
Boas viagens!... perdão, boas leituras!



1º Texto - Andreia Almeida - Um Cavaleiro entre areias:

 Jean Pierre Dubois era um jovem cavaleiro, que morava em Copenhaga, a capital da Dinamarca.

 Este jovem vinha de uma família de bom estatuto social, porém não o suficiente para lhe permitir concretizar o seu maior sonho: ir ao Egito. Sim, este era o sonho da existência do cavaleiro: as grandes pirâmides, a história por trás daqueles grandes montes de areia, na verdade tudo aquilo entusiasmava-o demais.

 Finalmente tinha chegado a altura. Após muito tempo a juntar dinheiro, coragem e, é claro, mantimentos (sabe-se lá como seriam as coisas por lá), Jean Pierre decidiu arriscar e partir para o Egito.

 Num jantar de Natal, o jovem anunciou a grande novidade e, do sítio onde se encontrava, captou as várias reações dos familiares: felicidade, por finalmente conseguir concretizar um sonho; tristeza, pela partida do jovem; orgulho, por ele ser o primeiro da sua terra a ganhar coragem - afinal quem diria que seria um jovem com apenas 24 anos, o primeiro da capital a fazer uma viagem destas?- e, por fim, mas não menos importante, a sua confiança.

 De acordo com os seus planos, a viagem iria ter início duas semanas depois. Viajaria de avião, porém ainda ninguém tinha ido lá, devido aos faraós.

 Tinha chegado o dia, o cavaleiro dinamarquês estava no aeroporto, preparado para iniciar a sua jornada para a Terra Egípcia.

 Faltava apenas 1 hora para chegar ao Cairo, a capital, que podia não ser um sítio muito bom para um estrangeiro aterrar, tendo em conta que o aeroporto era pertíssimo da mansão dos faraós, e digamos que nem sempre eles eram agradáveis, honestamente quase nunca, mas vai que...

 Como é que ele sabia isto? Bom, Jean era historiador e inclusive esse era o motivo dessa viagem.

 O seu hotel era a vinte minutos do aeroporto a pé, portanto ele foi caminhando. Tinha apenas duas malas, uma pequena e uma grande, logo, não lhe dificultaram muito a caminhada. Chegou lá, tratou da papelada e foi para o seu quarto pois já era de noite. Foi dormir e, no dia seguinte, iria para a sua primeira pesquisa, o templo de Abu Simbel.

 Antes de partir para a sua primeira pesquisa, recebeu uma notícia que o deixou muito preocupado. A mãe adoecera. Medo. Tragédia. Chorou imenso por ela.

 Apesar do acontecido, não poderia voltar para casa, pois já estava muito perto do seu destino de sonho e sabia que a mãe iria receber os melhores cuidados. Seguiu viagem. Quando chegou ao templo de Abu Simbel, Jean conheceu a filha dos faraós.

 Depois de ver a mulher linda que era, o cavaleiro apaixonou-se perdidamente por ela. Só pensava nela e no futuro que poderia vir a ter com ela. Ainda que se amassem um ao outro, os pais da rapariga não autorizaram a sua relação, pois Jean, não sendo egípcio, nem possuindo uma boa fortuna, não seria o marido ideal para a sua filha, muito menos para herdar o trono. Então, para bem da menina, Jean foi mantendo a distância até que surgisse uma oportunidade e assim foi.

 Há um ano que Jean estava no Egito. A mãe já estava curada e o cavaleiro convenceu a família a vir morar com ele. As saudades eram imensas. Abrações, beijos e demonstrações de afeto foram o que mais se pode observar quando a família dele chegou lá. Todos arranjaram um trabalho e ficaram a viver no novo país.

 Quando os pais da rapariga faleceram, o cavaleiro aproximou-se da jovem novamente para a ajudar no sofrimento por causa da triste perda. Mais tarde casaram e ele subiu ao trono com a encantadora rapariga por quem ele se apaixonou na primeira vez que a viu.

 


2º Texto - Ariana Pinto - O Cavaleiro no Egito:

 

 Um dia, o Cavaleiro estava sentado a ler o jornal, quando virou a página e a primeira coisa que leu foi que ia haver uma cerimónia de trasladação de vinte e duas múmias do museu do Cairo para o Museu Nacional da Civilização Egípcia.

 Depois de ter lido essa notícia, correu logo para dizer à família que ia partir para o Egito, para ver a cerimónia, até porque visitar esse país era um dos seus sonhos. Agora, como tinha surgido esta oportunidade, ele ia aproveitar.

 Despediu-se e foi-se embora com o seu cavalo. Depois de muitos dias de viagem, chegaram ao Egito.

 O Cavaleiro quis começar por visitar um museu ao final da tarde. Começou a escurecer e o museu fechou, mas o Cavaleiro não sabia e ficou lá dentro. Passado alguns minutos, viu alguém entrar. Era um ladrão que estava a roubar peças valiosas. Ao perceber que era testemunha de um assalto, ficou em choque. Então, o assaltante viu-o, atirou-o para dentro de uma dama-de-ferro e trancou-o lá dentro. O Cavaleiro foi trespassado pelos ferros e morreu.

 Depois de morrer, o Cavaleiro foi julgado no tribunal de Osíris. Como ele era uma pessoa boa, regressou à vida.

 O cavalo vira tudo por uma janela e não deixou o ladrão sair do museu. Então os guardas descobriram o cavalo e capturaram o assaltante.

 Em homenagem ao Cavaleiro e ao cavalo, o museu criou uma esfinge com corpo de cavalo e a cara do Cavaleiro.

 Foi uma grande aventura que o Cavaleiro contou à família quando regressou a casa.




3º Texto - João Cunha - O Cavaleiro aventureiro:

 
 Era uma vez, um Cavaleiro corajoso, destemido, religioso e acima de tudo muito curioso por fazer viagens longas. Esse homem vivia na Dinamarca e tinha o sonho de viajar para o Egito.

 Ora, ia haver uma cerimónia única nesse país: a trasladação de vinte e duas múmias de reis e rainhas egípcios dos séculos XVI a XI a.C., do Museu Egípcio para o Museu da Civilização, nos arredores da cidade do Cairo.

 Ele gostava muito desses acontecimentos, por isso, ao saber da notícia, anunciou em casa que iria fazer uma viagem que duraria, se tudo corresse bem, dois anos. A viagem seria muito longa, o que não agradou muito à família, mas não o impediram de partir, pois conheciam o seu interesse por civilizações antigas.

 Passados doze meses, o dinamarquês chegou à cidade do Cairo. Durante a viagem, teve muitos problemas: tempestades, dores e outros obstáculos que atrasaram a chegada à capital do Egito.

 No dia da cerimónia, o Cavaleiro foi a um restaurante comer Full Medames, um prato típico egípcio. A cerimónia foi agradável e passou rapidamente.

 Algum tempo após a abertura do museu, este foi assaltado e, por incrível que pareça, o Cavaleiro sabia quem o assaltara, visto que assistira a tudo. Por isso, ao ler a notícia no jornal, foi denunciar o assaltante à polícia. Sem querer, deu de caras com o ladrão e ficou assustado, porque o criminoso estava ao lado de uma dama de ferro. Para não ser denunciado, atirou o Cavaleiro contra este mecanismo de tortura e morte. O viajante tinha sangue a escorrer por todos os lados e não resistiu. O assassino foi preso e condenado a pena perpétua, o que agradou à comunidade egípcia.

 Quando a família soube da sua morte, ficou desesperada, mas com esperança de o guerreiro ser salvo no tribunal de Osíris e voltar à vida, por ter um bom coração.

 Ele foi julgado e superou o teste do “juiz” do tribunal, por isso, logo regressou à vida. Foi então que foi visitar todas as pirâmides egípcias e adorou. Ele ponderou regressar ao seu país, mas a família enviou-lhe uma carta a pedir que fizesse a viagem com que tanto sonhara. Por isso, partiu à descoberta de novas cidades egípcias. Durante essa viagem, descobriu muitos faraós e engordou dez quilos, porque tinha muita curiosidade em experimentar novas comidas.

 Passados estes anos todos de alegria e tristeza, o Cavaleiro começou a sua viagem de regresso a casa. Ele iria passar por mais quilómetros de sofrimento, visitando algumas cidades europeias, como Lisboa, Roma e Paris.

 Durante a viagem, teve de parar muitas vezes. Em Lisboa, por exemplo, estava a haver uma manifestação contra o presidente do Sporting Clube de Portugal. Os manifestantes pediam a sua demissão e os sócios ainda exigiam o reembolso das quotas. Acabaram por não receber nada, nem um bilhete por mês para ir ver um jogo do seu clube...

 Surgiu também outro problema em Roma, onde passou muito frio, pois as temperaturas desceram até aos 10 graus negativos. Teve sorte, porque o Papa Francisco decidiu oferecer roupa quente e alojamento aos sem-abrigo no palácio do Vaticano. O Cavaleiro, homem de fé, ficou agradecido e feliz por ser acolhido na casa do papa.

 Em Paris, foi acusado de ter incendiado a catedral de Notre-Dame, pois era suspeito de pertencer a uma célula terrorista egípcia, com ligações à Al-Qaeda. Felizmente, trouxe consigo em certificado assinado pelo deus Osíris a atestar as suas grandes qualidades morais e foi salvo.

 Quando chegou a casa, o Cavaleiro, foi abraçado por toda a família e acarinhado pelos amigos. As histórias que contou eram tão fantásticas, que foi desafiado a escrever um livro. Assim fez e a Dinamarca viu nascer um grande escritor.




4º Texto - Núria Amaral - O Cavaleiro no Egito:

 Era uma vez uma Cavaleira chamada Luara que tinha um magnífico cavalo falante chamado Galomeu e eles decidiram viajar para o Egito durante alguns dias, pois iria haver lá uma cerimónia de transladação de vinte e duas múmias do Museu do Cairo para o Museu Nacional da Civilização Egípcia.

 Na cerimónia…havia vários outros cavalos belíssimos a puxar carros da era faraónica. Luzes maravilhosas iluminavam a avenida. As carruagens onde as múmias eram transportadas, eram incrivelmente charmosas. Pareciam estar cobertas de ouro, por isso, este cortejo era chamado de “desfile de ouro”. Todos os que assistiam fizeram uma viagem ao passado, àquela época gloriosa do Antigo Egito.

 No dia seguinte… A Luara e o Galomeu decidiram visitar o Museu Nacional da Civilização Egípcia. Enquanto admiravam as múmias trasladadas, três homens vestidos de preto assaltaram o Museu.  Luara tentou chamar alguém para ajudar, mas foi atingida mortalmente por um bastão de Anúbis, que foi lançado por um dos assaltantes. O único que conseguiu fugir foi o Galomeu. Enquanto a cavaleira partia do mundo dos vivos, o cavalo tentava chamar a atenção dos seguranças do museu. Quando conseguiu, atraiu as autoridades para o local do crime. Então deparando-se com Luara estendida no chão, chorou copiosamente. À mente vinham-lhe belas recordações de todos os momentos em que ela o ajudara, todos os momentos…em que estiveram juntos...

 O que ele não sabia era que Luara estava a ser julgada no tribunal de Osíris. Anúbis pegou no seu pequeno coração e colocou-o num prato da balança. No outro prato colocou a pena de Maat. Incrível! O coração era mais leve que a pena. Graças às suas atitudes de bondade, honestidade, amizade e coragem, regressou à vida.

 Caída no chão, ainda sem forças, acordou. Entreabriu os olhos e deparou-se com o seu fiel amigo, chorando ao seu lado.

 Atrás, os guardas alegraram-se , pois este acontecimento era inédito. Era um grande feito para o Egito.

 Entretanto os assaltantes foram capturadas.

 Depois de tudo isto, o Museu resolveu fazer uma esfinge em homenagem a Luara e ao seu companheiro, pela ajuda que deram para capturar os assaltantes.

 Assim, a cidade do Cairo ganhou mais uma esfinge, com corpo de cavalo e rosto de mulher.








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O Ambiente